Saiba quem são prefeita e vice baianos cassados por abuso de poder e tentativa de manipular votos

A prefeita de Maiquinique, Valéria Silveira (PV), e o vice dela, Kayke Jardim (PSD), são investigados por usar benefícios públicos para angariar votos para as eleições em 2024. Na terça-feira (23), a Justiça Eleitoral determinou que os mandatos dos políticos fossem cassados.
A prefeita e o vice-prefeito estão no segundo mandato na gestão da cidade, que fica no sudoeste da Bahia e tem cerca de 8,7 mil habitantes, de acordo com o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O primeiro mandato da dupla foi em 2022, quando o ex-prefeito, Jesulino de Souza Porto (DEM), e a vice, Marilene Gusmão (PMB), tiveram os mandatos cassados e uma eleição suplementar foi realizada.
Dois anos depois, em 2024, Valéria e Kayke se reelegeram. Apesar disso, investigações da Justiça Eleitoral apontam que eles concederam licenças-prêmio para servidores públicos em troca de apoio político.
Valéria Ferreira tem 54 anos e nasceu em Itapetinga, no sudoeste da Bahia. Ela é casada, tem um filho e costuma postar o dia a dia como prefeita de Maiquinique nas redes sociais, mas não se pronunciou sobre as investigações.
"Sou mãe, mulher, amiga e acima de tudo apaixonada por Maiquinique. Carrego comigo valores de fé, humildade e respeito. Ser prefeita é cuidar de cada pessoa como parte da minha família", escreveu em uma das publicações.
De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ela declarou R$ 215 mil em bens.
O vice-prefeito, Kayke Jardim, tem 34 anos e nasceu em Itarantim, no sudoeste da Bahia. De acordo com o TSE, ele declarou R$ 565 mil em bens nas últimas eleições.
Na quarta-feira (24), ele publicou uma nota negando que tenha cometido crimes durante a gestão da cidade.
"Venho a público reafirmar o meu compromisso com a legalidade, aética e a transparência no exercício da vida pública. Esclareço que não há nenhuma prova concreta de que eu tenha praticado ou determinado condutas ilícitas", escreveu.